Primeiros socorros – Massagem Cardiaca
março 5, 2017Segurança do Socorrista
março 16, 2017DEA Drone
Porque um DEA Drone é uma ótima evolução?
A cada minuto que o cérebro não recebe oxigênio, perde-se 10% da chance de sobreviver, imagine um coração que acaba de parar… O organismo tem o fluxo sanguíneo interrompido, isso significa que as células do corpo não irão receber glicose e principalmente oxigênio para continuar a sobreviver, os minutos começam a se passar e a cada minuto, menos 10%…
Um paciente que está em parada cárdio respiratória (PCR), necessita que alguém imediatamente reconheça que ele parou de respirar e peça ajuda, orientando uma segunda pessoa que traga um Desfifrilador Externo Automático (DEA) e telefone para SAMU solicitando socorro ao médico regulador que irá enviar o apoio do Suporte Avançado de Vida.
Conhecer procedimentos de primeiros socorros é um ato de cidadania
Enquanto o DEA não está disponível, o socorrista deve imediatamente iniciar as compressões torácicas, sendo que a demora para iniciar esse procedimento implica em perda de chance de sobrevivência. Nos primeiros minutos de uma PCR, por fibrilação ventricular, ainda existe uma boa concentração de oxigênio no sangue, assim, caso o socorrista não possua um dispositivo de barreira para fazer respiração boca a boca, está autorizado a realização de compressões torácicas apenas.
A ciência concluiu que, em um ambiente extra hospitalar habitado por leigos, o que faz diferença para que a chance de sobreviver aumente são compressões torácicas realizadas de maneira correta, ventilações adequadas e choque com DEA entregue precocemente. Quando indicado, um choque com DEA deve ser entregue ao paciente em PCR imediatamente. As ventilações (respiração boca a boca), devem ser feitas apenas caso o socorrista disponha de dispositivo de barreira contra riscos de contaminação biológica. Portanto, imagine o benefício de um DEA Drone chegando em apenas 2 minutos.
Para que consigamos reduzir as mortes causadas por PCR em um ambiente extra hospitalar precisamos amadurecer enquanto sociedade. É necessário o investimento do Estado em estrutura, principalmente no acesso ao DEA, e aqui não estamos falando obviamente do DEA Drone, e sim dos DEAs regulares. Além disso seria também necessária a otimização das redes de urgência. Contudo em se tratando dos DEAs regulares, o cidadão precisa aprender a operá-lo e, além disso, executar compressões e ventilações de maneira adequada. Infelizmente, os DEAs ainda são trazidos por ambulâncias que demoram muitos minutos para chegar ao paciente e na grande parte das ocasiões não há ninguém realizando compressões torácicas e ventilações quando o SAMU ou o Bombeiro chegam. Na Europa e nos EUA existem DEAs espalhados pelo país em locais como estacionamentos de cidades turísticas, supermercados e parques de diversão.
Tecnologia a serviço do bem
Esse vídeo é interessante pois a tecnologia permite que um DEA esteja disponível em menos de 2 minutos. Esse recurso em conjunto com a diponibilidade de um socorrista treinado para oferecer compressões torácicas, ventilações e entregar o choque assim que o drone chegar, a chance de sobreviver ultrapassa os 90%.